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A dualidade de emoções de imigrar

  • Juliana Taboada
  • 6 de out.
  • 2 min de leitura

Quando decidimos começar um processo migratório muitas vezes somos impulsionados pelo desejo de morar fora e viver outras culturas, pela busca por uma melhor qualidade de vida e/ou por proporcionar a nossa família de origem no Brasil uma melhor condição de vida. Cada pessoa terá as suas particularidades e escreverá a sua própria história, mas é importante como profissionais e comunidade brasileira poder informar e apoiar de maneira responsável e ética a nossa comunidade migrante.


A cidade de Barcelona traz algumas facilidades emocionais para quem decide migrar do Brasil, um inverno mais ameno, muitos dias de sol e um cotidiano com atividades culturais e eventos pelas ruas que nos faz sentir um pouquinho a energia do Brasil. Entretanto, habitar o desejo de construir uma vida melhor em um país estrangeiro e ao mesmo tempo estar longe das nossas raízes culturais e familiares pode ser emocionalmente muito difícil.


Entre pontos positivos e negativos, como a maioria das decisões que tomamos na vida, faz-se importante planejar essa migração. Se possível se informar do funcionamento do sistema de atenção social do território, não acreditar e confiar em pessoas que vendem a ideia de que o processo migratório é simples e fácil, que se consegue um trabalho rapidamente sendo imigrante e que se regulariza a documentação sem grandes dificuldades. Se estabilizar no território é um desafio e entender isso possibilita que nos preparemos para tal realidade.


Se planejar e entender os desafios do processo é essencial para uma chegada mais tranquila, real e sem frustrações de expectativas que criamos a partir de filmes que vendem um estilo europeu de vida como se fosse fácil para qualquer pessoa alcançá-lo.

A construção de uma rede de apoio e o conhecimento do circuito de atenção social da cidade também ajuda com que estejamos mais seguros e informados dentro do territóriode destino.  A dualidade de emoções entre investir numa vida aqui em Barcelona e sentir falta de pessoas, comidas e da cultura brasileira sempre vai existir, mas quanto mais cuidadosos formos com os nossos processos, migratórios e pessoais-afetivos, mais tranquilo se torna equilibrar tantos sentimentos encontrados.


Juliana Taboada – Psicóloga e coordenadora social da Associação Casa da Gente Brasil Catalunha

 
 
 

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